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Cafeína pode ser prejudicial à saúde das crianças e adolescentes

O café é uma bebida muito popular no Brasil e em diversos países do mundo, e para muitas pessoas o dia só “começa” depois daquele cafezinho pela manhã. Obviamente, ninguém está livre dos impactos da cafeína no corpo, mas as crianças e os adolescentes estão ainda mais vulneráveis a esses efeitos.

Basicamente, uma quantidade de café que para um adulto pode ser algo totalmente inofensivo, para o corpo de uma criança pequena pode causar efeitos desagradáveis. Por isso, é preciso muita atenção ao consumo da substância nessa faixa etária.

Efeitos da cafeína no organismo

Após a ingestão de uma bebida com cafeína, a substância se espalha por todo o corpo. Os efeitos dependem de vários fatores e cada pessoa pode reagir de forma diferente à cafeína. Por exemplo, no caso de mulheres grávidas, ela pode permanecer no organismo até três vezes mais tempo do que o normal.

O efeito mais conhecido da cafeína é sua ação estimulante do sistema nervoso. Em geral, após o consumo a pessoa se sente mais acordada e alerta.

O excesso de cafeína, no entanto, pode provocar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumentar o refluxo ácido e causar ansiedade e distúrbios de sono em crianças. A cafeína também pode causar impacto no desenvolvimento neurocognitivo e no sistema cardiovascular, além de criar risco de dependência e intoxicação.

Recomendações

Não existe um consenso sobre um limite seguro para o consumo de cafeína por crianças e adolescentes, e alguns autores divergem sobre o assunto. Mas a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reforça que a ingestão de bebidas com a substância não traz benefícios à saúde desse público e alerta aos pais e responsáveis que existem opções alimentares mais saudáveis para oferecer a eles.

A Academia Americana de Pediatria não recomenda a ingestão de café e outros produtos que contenham cafeína – como chá preto, refrigerantes de cola e energéticos, por exemplo – para crianças menores de 12 anos. Entre 12 e 18 anos, a recomendação é que o consumo seja limitado a 100g da substância por dia, o que equivale a uma xícara de café.

Uma lata de 350 ml do refrigerante de cola mais famoso do mercado tem 35 mg de cafeína, enquanto uma lata de 250 ml do energético mais conhecido tem cerca de 80 mg. As quantidades podem variar de marca para marca, por isso vale se atentar aos rótulos.

Para adultos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda uma dose diária máxima de 400 mg de cafeína por dia.

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/